Volta agora o sentimento da manhã...Que importa o vento, o gelo do azuleijo do banheiro, que importa o pijama que deixa expostos os ombros? Importa o carinho da mãe apenas e seus cuidados comigo. Não é e nunca será pouco. Mas falta a metade, aquela metade que me machuca, essas palavras clichês e relevantes são as ùnicas que expressam o momento às vezes. Voltando ao vírus, a gripe é mansa e compassiva. Ela aviza, vem devagar. Não finje nem surpreende. Confia no hóspede e o deixa alegre ao partir. Nem em tudo há semelhança entre ela e a que eu me refiro. Há coisas que não partem, nem alegram. Que trazem melancolia, desespero e variações.
Eu acredito muito nas coisas, não que não o faça, mas é que à ele pertence o cálculo, a prudência. Em mim há a bobice de criança que se entrega a um sonho mais que perfeito. Que tenta pôr amor em todas os feitos, o amor que sempre é inadequado, exagerado ou invisível.
Criança que é simples de mais pra se dar importância, num mundo em que o belo é o status, a postura e os modos. Nos ensinam o respeito, o caráter, a justiça. Nos jogam nos braços de uma sociedade suja, criminosa e egocentrista.
Então resta esperar e tentar pôr amor aos nossos, mas o tal monstro da sociedade leva eles também. A gente perde o "crédito", palavra vulgar como aquele a que me refiro. Perdemos a transparência aos olhos deles que só enxergam o que é ruim, a distorção e a culpa que quer nos seguir até que nos convença de que somos os errados. Certo é ser insensível, ser frio, calculista e desconfiado. É trabalhoso mudar a essência. Eu não queria, e é por mim em relação á mim e à Deus que eu não mudo, não importa à quem corrompa, eu tenho meus princípios por mais que se fiem no que há de resistência em mim, pra confundir, pra me pesar, pra deixar que eu me console à sós. Eu tento, mas eu preciso das metades.