quinta-feira, 20 de maio de 2010

Da Princesa à Rainha

Depois de me afastar um pouco do tema, uma vez que as Mulheres não tem tudo em comum uma com as outras e que certos sentimentos se aplicam à homens também, venho falar de algo presente na vida de muitas Mulheres, meninas e senhoras corrompidas até os ossos por estórias fictícias, tais como os famosos Contos de Fadas.
Corromper é uma expressão um pouco forte, serviria dizer que as ficções complementaram, complementam e complementarão ainda os sonhos, jamais a realidade, de grande parte do ser feminino.
Está em nossa essência a utopia, o encantamento, a imaginação viva e, por consequêcia, tantas frustrações! É quando vem invadir um mundo deliciosamente doloroso uma passagem de Amor! Ah o Amor! Tão falado, tão futilizado e representado que se torna clichê dele falar...
Representado tantas vezes! Nas mais emocionantes, envolventes e inesquecíveis histórias de autores que sonharam e dificilmente vivenciaram algo semelhante. Mas que mania incorrigível a nossa de achar que é fácil e até possível que o amor seja assim, à primeira vista, cheio de certezas e decisões, com forças de um destino que apronta mas que no fim torna tudo perfeito! Mania de achar que a conquista vem por si só, que o tão idealizado príncipe nos descobre, investiga, cerca, faz o possível pra descobrir o que esperamos, o que há de mais valioso em nós para com o mais nobre e Santo Amor se declarar com doces e sinceras palavras de arrancar suspiros... Suspiramos! Em cima de um livro, diante da novela, do teatro, enquanto o tempo nos é consumido por isso. Jamais trará total satisfação uma trama bem pensada, sim ilusões, ilusões plantadas na alma de meninas que mal perderam o gosto pela brincadeira para sonhar com o casamento, ou um romance de Contos de Fada. Ou que faz a cabeça de Mulheres que se tornam irremediávelmente insatisfeitas com o relacionamento vivido, quando a culpa não acode toda ao par, mas à tal ilusão plantada desde o início de suas vidas. Também demora a cair ao entendimento das pobres senhoras que viveram infelizes por ter custado enxergar o amor em sua totalidade, em sua realidade. Por terem calado para si próprias, por terem tentado encontrar amor em paixões passageiras, aventuras, sonhos impossíveis de realizar.
Por que não sonhar afastando idéias vindas de outras pessoas? Por que não enxergar a felicidade que está ao lado? Por que não se contentar em amar no lugar de esperar tanto, tanto ser amada, reconhecida, querida?
Não sou eu a Mulher adequada à responder, quando há tanto em mim a compreender, esclarecer, aceitar... Tão fácil apontar e compartilhar aflições. Tão difícil, na prática, remediar!