quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A mais intensa

Eu achei ela sempre tão forte. Admirava seu espírito sonhador, alegre, cheio de esperanças! Busquei entender o mistério que saía daqueles olhos, tão vivos, tão profundos que aos poucos me revelaram tudo. Tudo e nada. Boa parte do que sabia sobre si ela disse a mim. Há coisas que nem os olhos, palavras ou o tempo poderiam revelar.
Me sentia mais que na obrigação, mas no desejo de fazê-la livre e ainda mais alegre.
Tão repleta de sonhos, tão distante às vezes e tão capaz quanto neutra. Pois que nunca neutra! Nunca inteiramente capaz uma vez que pessoas precisam de pessoas para que a felicidade completa se torne próxima.
Quanto mais uma alma imensamente sedenta de amor! Amor recíproco. Amor igual em sua amplitude: Amor.
Toda ela transbordava sentidos. Cabelos, traços, timbre, olhar. Cada qual com um lado de sonho, de possibilidade.
Os olhos por vezes arrancaram da alma mais força que a dor aparente. Mais coragem que a do que julga as lágrimas como fracas e desnecessárias.
Exageros de personalidade.
Exagerado como intenso todo o ser dela clamava por essa vida que se derramava em cores, sabores, perfumes, em luar, dia claro, sombra de verão, banho de mar, frescor de fruta, fogo do inverno, cheiro do campo, da camomila, dança, liberdade, do gosto do elogio sincero, do romance, do frio na barriga de um grande amor. Do enxergar das pessoas, da verdade, da companhia e da liberdade.
Ela emendava a melodia das canções, soprava com a brisa ou o vendaval. Chorava a dor do inseto e clamava por justiças alheias. Forte na essência da fortaleza: sentia sem resistir, sem segurar nem enganar a si.
Ela era assim, tão viva que a vida calou. Pulsou forte, tão forte que na intenção de arrebentar o muro alçou voô ao ifinito do sonho.
Ela vive lá, onde as cores são mais bonitas, as pessoas mais generosas e os amores mais profundos...
Vive, quando os olhos fecham e a alma acorda.
Ela morre ao nascer da sombra constante de pessoas que berram suas consternações, egoísmos e infelicidades. De pessoas que riem descontroladas de um susto doloroso que a desperta da vida.

Ela era Mulher, a mais intensa: aquela que sonha.

sábado, 14 de agosto de 2010

Um pouco de Paz

O sentimento de hoje é bom, determinadas coisas ou pessoas nos fazem sentir muito bem às vezes. Inatingíveis. Sinto neste instante que essa paz nunca vai me deixar de lado, é uma paz interior, a tenho agora mais forte que há algumas horas, me sinto no dever de espalhá-la. É correto pra mim espalhar o que é bom e o que faz bem.
Todos os dias chegam à nós más notícias, seja pelos amigos, parentes, vizinhos ou pela mídia. É comum, jamais ''normal'' e aceitável que isso desperte em nós algum interesse, alguma forma de benefício. Quantas pessoas já não pararam no meio de uma viajem para ver o que resultou de um acidente mesmo sabendo que não poderíam fazer nada a não ser atrapalhar e ficaram lá, por curiosidade, para terem uma história emocionante pra contar. Sentimentos egoístas, que ao fim prejudicam à nós mesmos.
Espalha-se tantas notícias ruins, tantas fofocas a fim de demostrar superioridade, pena, prestar uma ajuda que será reconhecida que acaba-se deprimindo todos à volta. Nublando o dia.
Não há quem seja perfeito à ponto de escapar totalmente disso, mas para que fechar os olhos diante de nós mesmos? Para que errar sabendo que se está errando?
Se nos policiarmos quando nos vem tais sentimentos ao invés de nos preocuparmos com fingimentos e máscaras cotidianas vamos viver uma vida mais sincera, mais clara, mais feliz.
Se a leveza e a paz são bons sentimentos busquemos cultivá-los, alimentá-los ou padeceremos com os males do século: A depressão, a inveja, o egoísmo, a falsidade, a burrice.