Hoje histórias conversaram com força e esta última me levou a estender pesquisas. Vasculhei um nome e uma canção insistentemente sem sucesso. Queria ouvir e pasmar, e chorar com meus olhos vivencias que não foram minhas. Não me dei de conta que fugia até que parei (sem também me dar de conta). Esbarrei na minha história e acordei de um susto com os olhos tão introspectivos que eu jurei estar buscando-os através da nuca de um lugar (tempo) bem longe.
Sabe lá o que remexia no inconsciente, mas eu sei que remexia.
Coincidentemente algumas manhãs dos últimos dias, tocava uma velha canção conhecida que fala do tempo. Tocava sempre na hora de eu ir embora e só hoje eu depositei devida atenção: passou um mês de forma rápida que deixará uma alegria vital apesar de confusa, mas que imagino girar em torno dos pensamentos de que:
Existem muito mais pessoas sensíveis e fortes (e honestas consigo e com os outros) do que eu imaginava.
Ou de que essas pessoas podem ser poucas mas que estão por perto e mesmo que não volte a conviver com elas me basta saber que as conheci e que estão no mundo arborizando.
Que existem também por perto artistas mais poéticos que técnicos, mais humanos que robôs. Verdadeiramente encantadores!
São descobertas gigantescas que ansiei por muito tempo e que chegaram na hora exata em que eu preparava o sono até sabe que dia milagroso. Sequer precisei dormir!!
Mistérios soprados da voz de Nana Caymmi através de um rádio nostalgico, num quarto infinito de possibilidades que massagearam o coração.