Não, eu não esperava você, felicidade! Eu não esperava cantar tanto e sorrir dessa forma porque não vejo motivos claros, e dos motivos que imaginava serem responsáveis pela minha alegria, ah! Não eram responsáveis e ainda fariam o contrario! Assim que eles se desfizeram e toda uma esperança muda de cor, plano, planeta, eu continuo tanto ou mais alegre! Espuleta, saltitante, cantante! E todo esse mundo parece tão vivo! Será o sol do outono? Ele já foi feio, então não vejo motivos! Eu sinto alegria e só!
E quanto mais eu sinto e percebo essa alegria incondicional, mais ela cresce! Aí sim, com motivos visíveis e concretos. Com motivos: eu não preciso de motivos pra estar bem! Eu estou bem comigo eu acho, tão bem e com tantas lembranças boas na memória, com pulos e céus, estrelas e os mesmos vagalumes, ainda que aparentemente rotineiros esses elementos e sentidos haviam se perdido no tempo enquanto os buscava, como que fossem amostras de uma vida (inteira/futura) muito além do comum existir, ah! Já posso receber (porque julgo que não posso)!
E, numa certeza de que não posso ter controle sobre como o fazer, por alguém que contou que o que nos foge é o que tenta ser alcançado. Nunca me pareceu tão óbvio! Saint Exupéry me faz lembrar de quando em quando que 'o essencial é invisível aos olhos', dai-me vinte, só vinte interpretações e direi que não preciso de nenhuma! A minha me serve e me basta. Me abre um sorriso bonito!!!!
Eu não passo impressões, eu sou. Contudo, você me olha, não que se permita me ver. E não me importa quem é você! Você fui tanto eu, por vezes também leitores, músicos, Machado's de Assis, Otelos.
Não que eu seja reflexo, e não que não o seja. Não que eu me limite a essas coisas, não que não tivessem peso sobre minha memória, ações...É que mais que eu as seja, prefiro entender que elas me são, e me são apenas pedaços, pequenos fragmentos...
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