quinta-feira, 31 de março de 2011

Quem define

É bem minha defesa e organização...Uma esmeralda no universo! Alguém acharia mesmo que...Importa o que pouquíssimas pessoas acham!
A erva que vai curar... Na receita de tudo o que me tece estão combinações diretas e bem coloridas de coração e ação, sentimento e ação, vontade e ação favoráveis sempre à primeira.
Ah! Vocês acharam mesmo que eu premeditava cada palavra, gesto, sorriso. Cada passeio e cada lugar pra atrair ou expulsar. Mesmo pra pensar, e ainda mesmo pra analisar, medir, ordenar entre favorável, desfavorável, útil, inútil. É que será sempre prazeroso um número ou um alimento a mais ao ego! Testando encantos...
Talvez, ainda, tenha entendido como uma enorme insegurança, fragilidade, ingenuidade puras o bastante pra decifrar planos miraculosos!
Também, quem sabe, posso ter me vestido de grande mulher convicta, visivelmente determinada, calculista e seletiva que se deixava desmascarar por vezes descontrolada, absurda, indiferente ou exageradamente atenciosa. Preguiçosa, calada, extravagante e melosa.
Sim! Pode ser que tenha organizado a alma numa exposição de numerosas personagens fabulosas que conflitaram entre si numa rebelião boca a fora, braços, pernas, sorrisos...
E se eu realmente não me importo em parecer perfeita? E se eu tenho a fórmula e a jogo ao mar? É que eu talvez prefira usar elementos do coração pra me construir e aprimorar em cima de minha verdade.
Tudo? Nenhum dos mil?
Tem princesa aí a fora adormecida esperando por teus beijos, te olhando, te chamando, esnobando, enfeitiçando, pedindo e dando sopa.
Bem longe, escondida entre duas almas, uma cigana relendo a sorte sem tua mão. Sem conseguir sair do lugar, numa aposta incerta ainda, ela roga aos quatro ventos que teu cavalheirismo faça o oposto.

domingo, 27 de março de 2011

Algo a menos

É tão mesquinho pensar assim. Pensar é mesquinho?
Agir é mesquinho, segurar é mesquinho.
Aquele show me chamava e eu corria pras colinas brincar com os sonhos dele. Só enxergaram o óbvio e o semelhante ao óbvio.
É mais fácil dizer que existe burrice, falta de vontade e algo a menos. Que existe o feio e o inadequado. Que você adivinha a fase pela qual estou passando e me mata de vergonha dentro da tua razão.
Eu passo de arrogante a complexada. Eu ligo?
Não sou diferente dos bilhões de egoístas.
E de que serve a exatidão?
Foi bom caminhar na chuva sem rumo nenhum, pessoa alguma, diga que é impossível e eu afirmo que é alma e que há o que a lave e inunde.
Não existe desordem. Olha, eu posso dizer o que eu quiser, conversar com a rã que eu não salvei e pouco faz diferença se você sabe que eu a matei tentando salvar. De minha intenção não é pago o mal feito.
Quando vocês surpreendem é como que eu vivesse só então.
É que ouvimos as exatas mesmas coisas, boas, ruins, exatamente as mesmas. É que vocês ouvem as mesmas, respiram sem notar.
Quando vocês não entendem de novo e eu não tenho paciência eu os afasto porque ainda é igual dormir e melhor escrever.
Melhor dormir muitas vezes.
No verão é fácil organizar as palavras. Hoje são poucas, mas tão confusas!
Mesmo assim, essa liberdade me conforta. E me conforta quando vocês dizem pra eu não acreditar no amor. O amargo é todo de vocês.
Nem só o que a gente sente é o que existe.

sábado, 12 de março de 2011

''Vê se não vai demorar...''

Vem ao meu encontro milhares de coincidências e mensagens incríveis como incrivelmente mudas. Assim que eu largar o entusiasmo pelas ruas da insônia e entender que o melhor é levar a cabeça ao chão ou pendurá-la numa alegria moderna inventada, de uma vez, a frase da música vai gritar aos meus olhos uma mensagem familiar ao mesmo tempo em que ela a canta. Eu vou tomar um ânimo oposto ao de ontem, equilibrar as idéias pelas oscilações revividas dezenas de vezes, não por conta disso, e rever o conceito de felicidade passada.Não entendo, sei que estive alegre ao ponto de o ter certeza.
Já mencionei o mar e parte do significado e influência que ele tem sobre mim, e sozinha, agora, eu relembro o avesso completo da solidão. É na praia enorme de um mar aberto em ressaca, na amplitude da areia incrivelmente macia, no tamanho misterioso do céu alternando entre cinza, azul, vermelho, preto e marrom. É ante o infinito e suas vibrações maravilhosas que se encontra um amor o qual não se explica nem se entende, ele invade o espaço fluindo de mim e retornando a mim em dimensões incontáveis vezes maior.
De forma insuficiente, infiel e resumida, eu digo que ele me basta. Ele e tudo o que o cerca. Me basta enquanto me tem e hipnotiza. Não me contento em nenhum outro cenário, não foi o encontro suficiente à minha necessidade de segurança e suprimento da principal carência. Não se estende, nem a lembrança me conforta.
Nas coincidências, nas mensagens, uma certeza das mais esclarecedoras e esperadas.
O que me basta vem caminhando devagar, conforme nos construímos separadamente. Conforme diminui nossa pressa e nossa dependência. Necessários são os sonhos, que são engraçados e tão pequenos ante a realidade ainda desconhecida. Suponho que não o conheça, as evidencias apontam. Virá no resultado, resumidamente, de uma soma de qualidades, defeitos certos ou necessários, suposições, necessidades, reciprocidade, vontade absoluta, descontrole, equilíbrio e magia. Num encontro absoluto, imperfeito e decisivo.