domingo, 27 de março de 2011

Algo a menos

É tão mesquinho pensar assim. Pensar é mesquinho?
Agir é mesquinho, segurar é mesquinho.
Aquele show me chamava e eu corria pras colinas brincar com os sonhos dele. Só enxergaram o óbvio e o semelhante ao óbvio.
É mais fácil dizer que existe burrice, falta de vontade e algo a menos. Que existe o feio e o inadequado. Que você adivinha a fase pela qual estou passando e me mata de vergonha dentro da tua razão.
Eu passo de arrogante a complexada. Eu ligo?
Não sou diferente dos bilhões de egoístas.
E de que serve a exatidão?
Foi bom caminhar na chuva sem rumo nenhum, pessoa alguma, diga que é impossível e eu afirmo que é alma e que há o que a lave e inunde.
Não existe desordem. Olha, eu posso dizer o que eu quiser, conversar com a rã que eu não salvei e pouco faz diferença se você sabe que eu a matei tentando salvar. De minha intenção não é pago o mal feito.
Quando vocês surpreendem é como que eu vivesse só então.
É que ouvimos as exatas mesmas coisas, boas, ruins, exatamente as mesmas. É que vocês ouvem as mesmas, respiram sem notar.
Quando vocês não entendem de novo e eu não tenho paciência eu os afasto porque ainda é igual dormir e melhor escrever.
Melhor dormir muitas vezes.
No verão é fácil organizar as palavras. Hoje são poucas, mas tão confusas!
Mesmo assim, essa liberdade me conforta. E me conforta quando vocês dizem pra eu não acreditar no amor. O amargo é todo de vocês.
Nem só o que a gente sente é o que existe.

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