segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Safira

Eu desejo com força enorme (porém insuficiente pra me elevar ao absoluto da mágica) um enorme casarão...
Me sabe o abismo do inconsciente e todo o seu acervo de canções e cenários, e mais: Assombrado de tudo quanto provou os sentidos!
Um enorme, gigantesco casarão! Por onde possam vagar as idéias todas (infinitas) do dia. Que um único dia traz consigo a imensidão... Toda a conclusão da vida, incluindo a futura, anda atada à corda desse tempo.
De madeira forte e velha, se resistir às recordações pesadas tal espécie... Se não resistir que quebrem-na qual quebrariam ondas cegas de paixão e de oceano.
De espaço pra comportar eco de suspiros, de azul profundo representando a lua. Na cor do clima gelando por aceito, o contente acolher do frio... O vazio da mobilha. Tem de haver tecidos claros e leves pra tingir a noite ao dançar do vento, quero ver na melodia meus olhos e seu tamanho real, crescente.
Eu quero altura.
Quero ar.
Desejo uma casa que eu não possua numa ilha deserta do pacífico, durante três dias sem noite. Desejo a minha companhia e toda a reconstrução da vida perdida de si. Desconstrução... Barco sem fundo na volta.
Pra sempre vou refletir os dourados da tarde, seja na chuva morna das águas do mar ou não. Seja no tom mais inspirador da noite, safira.

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