Ah! Se a minha saudade não fosse do tamanho da distância entre a janela e o infinito. Se a janela fosse de ninguém e o infinito meu.
Um bocado menor (a distância), e eu andaria descalço, afobada e cega até o alcançar.
A grama, a terra e a colcha de retalhos no percurso que os pés testemunham, e só.
Um salto, ás vezes, no espaço eterno. Aquele encorajado pelo pulso mais forte do coração... Ligeiras voltas em vestido rosado . Vagaroso, dançante... A ponta dos mesmos pés, que mais nunca terão de se equilibrar sobre as mesmas cordas.
Faltava-me, à época, asas por onde alçar vôo em fuga, de encontro ao leste.
Ah! Se minha saudade ardesse menos no peito que algo tão semelhante a raiva. Se essa primeira me oferecesse uma fatia de paciência, eu me levantaria da bagunça que não oferta o nada pra eu me esvaziar.
Explica, encontro! Ou desenha o que meu ânimo impede de explicar a alguém...
Me leia, decifre. Sinta e me beije trajado de mar.
Brinque... Faça que me larga inteira numa caravela e volte! Volte ligeiro, como brisa leve dançando no rosto. Acenda o sol nos cabelos da tarde enamorados dos meus, feitos em cama ao calor de inverno.
Me leve pra longe, pra mais longe que o sempre! Me encha os olhos do horizonte mesclado em todos os tons quentes do céu e me embale enquanto canta a tua canção gota a gota. Deixe-me respirar o ar que te sente vivo. Faça dia e noite avançarem lentos, como parados um, no instante anterior do outro. Permita o tempo incendiar, no fascínio das chamas em que o amor há de erguer. Regue-me em chuva de carinhos lentos qual solidão. Atenciosa feito a lua me guardando em uma de suas fases cheias...
Sobre o céu, não sei o que é mar. Se vôo ou flutuo.
Dissolva, saudade líquida, a palavra-desgaste, o sono assassinado, a falta de espaço, a mentira incrustada no coração.
Que a onda, antes de quebrar, engula a vida anterior ao barco a vela e seus versos brancos.
O mar não crê. Dos caminhos do rio, chega viva a transparência.
Um bocado menor (a distância), e eu andaria descalço, afobada e cega até o alcançar.
A grama, a terra e a colcha de retalhos no percurso que os pés testemunham, e só.
Um salto, ás vezes, no espaço eterno. Aquele encorajado pelo pulso mais forte do coração... Ligeiras voltas em vestido rosado . Vagaroso, dançante... A ponta dos mesmos pés, que mais nunca terão de se equilibrar sobre as mesmas cordas.
Faltava-me, à época, asas por onde alçar vôo em fuga, de encontro ao leste.
Ah! Se minha saudade ardesse menos no peito que algo tão semelhante a raiva. Se essa primeira me oferecesse uma fatia de paciência, eu me levantaria da bagunça que não oferta o nada pra eu me esvaziar.
Explica, encontro! Ou desenha o que meu ânimo impede de explicar a alguém...
Me leia, decifre. Sinta e me beije trajado de mar.
Brinque... Faça que me larga inteira numa caravela e volte! Volte ligeiro, como brisa leve dançando no rosto. Acenda o sol nos cabelos da tarde enamorados dos meus, feitos em cama ao calor de inverno.
Me leve pra longe, pra mais longe que o sempre! Me encha os olhos do horizonte mesclado em todos os tons quentes do céu e me embale enquanto canta a tua canção gota a gota. Deixe-me respirar o ar que te sente vivo. Faça dia e noite avançarem lentos, como parados um, no instante anterior do outro. Permita o tempo incendiar, no fascínio das chamas em que o amor há de erguer. Regue-me em chuva de carinhos lentos qual solidão. Atenciosa feito a lua me guardando em uma de suas fases cheias...
Sobre o céu, não sei o que é mar. Se vôo ou flutuo.
Dissolva, saudade líquida, a palavra-desgaste, o sono assassinado, a falta de espaço, a mentira incrustada no coração.
Que a onda, antes de quebrar, engula a vida anterior ao barco a vela e seus versos brancos.
O mar não crê. Dos caminhos do rio, chega viva a transparência.
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