Tudo é tão calmo ultimamente, há alguns meses já, tenho morado na paz um tanto agitada, mas confortante da família. A vida é confortável, eu busquei sair do tédio apenas, pequenas diversões... Voltei a escrever, sonhei mais, tive tempo pra mim e para os outros. Aprecio o dia e o anoitecer sem pressa. Me preocupo menos, sinto mais. Será que já estou pronta pra ver tudo acabar? Ou depende de mim apenas, pra que continue? Queria saber controlar muitas coisas, pelo menos meus sentidos, escolher às vezes. É ruim a correria. Sou impaciente, eu sei. Por isso tenho medo. Medo do que dizer ou fazer. Medo de machucar, de não entender. Sou tão diferente a ponto de não me adaptar? Adaptar-se é fingir? O mundo é tão bom aqui. Do meu modo as coisas vão bem. Aceito mudanças, com medo apenas... Eu confio em mim. Devo confiar que os que amo também confiam a ponto de entender. Aceito tapas construtivos, empurrões... Que dependência a minha! Lamentável... Ou não. Construção de um caráter que eu admiro.
Ora, o sol é visto de tantas formas no decorrer do tempo! Hoje ele queima e aquece. Acalma e enjoa. Aparece e se ausenta. Ele me deixa aqui sozinha quando eu me preparei pra recebê-lo. Tem tanto em comum comigo. Personalidade fraca! Nem decidida nem calculista. Impulsiva e impaciente. Vaidosa para além do limite. Grosseira pra tanta sensibilidade e sentimentalismo. Perceptiva X confusa. Será eterna a construção?
quinta-feira, 11 de março de 2010
Reflexão / Obrigação
Vejo que estou aprendendo a cortar os assuntos antes de me perder neles e deles. São tantas coisas para falar que eu resumo em frases curtas, a continuação fica reservada para a reflexão. Tenho usado tanto essa palavra, nunca antes usada mas tão viva e intensa no tempo presente. O tempo é visto de muito diferentes formas conforme o passar dele. Assim como os rumos...Tempo é cheiro, é som, todo mundo sabe... Mas é bom ou ruim lembrar? Será bom se foi ruim, e ruim se foi bom. Se a lembrança for boa me deixará triste e vice e versa, não preciso dizer o por que. Mas sonhar é bom enquanto eu sonho, como lembrar. Me faz sorrir sem querer. Se a lembraça é recente/boa, me faz feliz. Entra em contradição. Tudo entra. Texto=Confusão. É necessário publicar os rascunhos, tomou um rumo absurdamente diferente a reflexão mas não consigo ir à frente se não concluir totalmente o que comecei. Não é perfeccionismo, estou longe disso. É necessidade, mania talvez. Quem vê, se importa à mim, eu não tenho estórias inacabadas na vida! Se fosse, nada seria um constante aprendizado. O que acontece é necessário. O que se pensa não vem à mente igual ao que se escreve. O humor para essa postagem era diferente, sempre é. Concluo então que houveram dois humores nesta. Um de reflexão, outro de obrigatóriedade. O que está sob meu controle eu controlo. Eu acho.
segunda-feira, 8 de março de 2010
08 de Março - De Menina Pra Mulher
Difícil é falar do hoje. Há tantas pessoas envolvidas... Nem sempre é fácil descrever o que sentimos ou pelo que passamos de forma direta. Gosto de metáforas, ou melhor, necessito de metaforas. Tem me faltado a leitura, o que colabora com a má colocação das palavras. Há uma enorme continuação de tudo, por isso tantas reticencias.
Hoje o dia foi vazio. As vezes esperamos tanto dele que ele vêm autoritário e irônico nos dizer que é dele o poder. Talvez seja para o nosso bem. As coisas acontecem quando devem acontecer. Não que eu esteja certa para alguém além de mim e algo além do momento.
É bom se arrumar. [Foi no que gastei a tarde] Escolher a melhor roupa, se há. Querer estar mais bonita, usar um perfume diferente, o perfume comum se torna inodoro à nós com o tempo. É preciso estar bonita para si. Não que alguém vá notar que saimos de um banho relaxante no instante, mas nós saímos nos sentindo relaxados. É o importante. Talvez o suficiente para exalar a beleza através da auto-confiança (dizem os livros de auto-ajuda, imagino) para o espelho e sorrir. É como a lã por cima da pele crua ou uma roupa recem lavada com produto novo, trás bem estar, . Parece que todos sentem como nós. Pena que a calma e o bem estar não são transmitidos fácil assim. Há dias em que o cansaço nos faz passar por cima de convenções, sorrisos, elogios. Tudo passa desapercebido e mal ou não retribuído, com uma grosseria nesses casos. Nem sempre somos quem queriamos ser. Não acredito que a sinceridade, originalidade, ou chamem como quiser, sejam a essência do viver, a marca de uma personalidade forte. Seria egoísmo falar sem medir, pois ofende até mesmo os que parecem pedras. Não se pode agir pela vontade apenas, é confundir sinceridade ou exclusividade com egoísmo, repito. Não que seja correto, mas indispensável é servir, agradar, à quem amamos, consideramos e porque não, à quem desconhecemos também? Digo, suportar o dito insuportável, segurar um mal estar para servir, ajudar, respeitar. O dia foi de solidão. Mas foi bom. é bom reconhecer se e o que alguém não reconhece nem o pode. Foram horas tão vazias de espera, de incerteza, por coisas simples mas significantes, que ao fim, acrescetaram esse pequeno diálogo de mim para mim. De menina para Mulher.
Hoje o dia foi vazio. As vezes esperamos tanto dele que ele vêm autoritário e irônico nos dizer que é dele o poder. Talvez seja para o nosso bem. As coisas acontecem quando devem acontecer. Não que eu esteja certa para alguém além de mim e algo além do momento.
É bom se arrumar. [Foi no que gastei a tarde] Escolher a melhor roupa, se há. Querer estar mais bonita, usar um perfume diferente, o perfume comum se torna inodoro à nós com o tempo. É preciso estar bonita para si. Não que alguém vá notar que saimos de um banho relaxante no instante, mas nós saímos nos sentindo relaxados. É o importante. Talvez o suficiente para exalar a beleza através da auto-confiança (dizem os livros de auto-ajuda, imagino) para o espelho e sorrir. É como a lã por cima da pele crua ou uma roupa recem lavada com produto novo, trás bem estar, . Parece que todos sentem como nós. Pena que a calma e o bem estar não são transmitidos fácil assim. Há dias em que o cansaço nos faz passar por cima de convenções, sorrisos, elogios. Tudo passa desapercebido e mal ou não retribuído, com uma grosseria nesses casos. Nem sempre somos quem queriamos ser. Não acredito que a sinceridade, originalidade, ou chamem como quiser, sejam a essência do viver, a marca de uma personalidade forte. Seria egoísmo falar sem medir, pois ofende até mesmo os que parecem pedras. Não se pode agir pela vontade apenas, é confundir sinceridade ou exclusividade com egoísmo, repito. Não que seja correto, mas indispensável é servir, agradar, à quem amamos, consideramos e porque não, à quem desconhecemos também? Digo, suportar o dito insuportável, segurar um mal estar para servir, ajudar, respeitar. O dia foi de solidão. Mas foi bom. é bom reconhecer se e o que alguém não reconhece nem o pode. Foram horas tão vazias de espera, de incerteza, por coisas simples mas significantes, que ao fim, acrescetaram esse pequeno diálogo de mim para mim. De menina para Mulher.
sábado, 6 de março de 2010
Filha da Mãe
Continuando com o passado e suas contribuições no presente...
Havia frases bonitas, recados, expulsão! Havia violão e música. Acima de tudo, havia sonhos naquele quarto. O tempo se confunde, mas tudo se refere a ela.
Eu ouvia suas músicas tranquila e feliz com sua presença. Eu procurava até que pudesse gostar daquelas frases. Havia segredos em seu diário, rabiscos no criado mudo, um som, e reflexos de dança na vidraça da janela. Não havia espelho. Havia roupas largadas no armário cheio de tatuagens de chicletes. Havia All Star, Nirvana, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso e outro mundo logo ao lado, com Barbie, futebol, piscina de plástico, piqueniques, briguinhas, baralho, anoitecer, banho de mangueira, sapos na areia e fofocas no muro, despreocupação (Há saudade, tive vizinhas quase irmãs).
Um bocado mais longe havia o mar, maquiagem, cantadas, compras, gargalhadas, hip hop, lanche, praia, churrasco, playground e a descoberta da amizade feminina. Das descobertas, preservei a da maquiagem.
Num lugar para aprender, ela volta forte, Drop Dead, Hard Rock, moletom. Mera influencia ou gosto.
Sinto falta é das noites com ela, macarrão com salsicha, macarrão com bacon, macarrão com calabresa, macarrão instantâneo, macarrão com frango, macarrão com carne moída, macarrão com queijo, Super Mário, The Loste World, programa de fofoca, chantagens pra lavar a louça. Não há razão de acontecer mais, não volta.
Havia frases bonitas, recados, expulsão! Havia violão e música. Acima de tudo, havia sonhos naquele quarto. O tempo se confunde, mas tudo se refere a ela.
Eu ouvia suas músicas tranquila e feliz com sua presença. Eu procurava até que pudesse gostar daquelas frases. Havia segredos em seu diário, rabiscos no criado mudo, um som, e reflexos de dança na vidraça da janela. Não havia espelho. Havia roupas largadas no armário cheio de tatuagens de chicletes. Havia All Star, Nirvana, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso e outro mundo logo ao lado, com Barbie, futebol, piscina de plástico, piqueniques, briguinhas, baralho, anoitecer, banho de mangueira, sapos na areia e fofocas no muro, despreocupação (Há saudade, tive vizinhas quase irmãs).
Um bocado mais longe havia o mar, maquiagem, cantadas, compras, gargalhadas, hip hop, lanche, praia, churrasco, playground e a descoberta da amizade feminina. Das descobertas, preservei a da maquiagem.
Num lugar para aprender, ela volta forte, Drop Dead, Hard Rock, moletom. Mera influencia ou gosto.
Sinto falta é das noites com ela, macarrão com salsicha, macarrão com bacon, macarrão com calabresa, macarrão instantâneo, macarrão com frango, macarrão com carne moída, macarrão com queijo, Super Mário, The Loste World, programa de fofoca, chantagens pra lavar a louça. Não há razão de acontecer mais, não volta.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Noite sensitiva...
Há dias em que me sinto bem à noite, apesar de amante do sol. A luz do luar é boa companheira, estimula a reflexão... Esta noite, em especial, lembra o passado, não tão distante, sou ainda jovem.Lembra-me os sonhos, que nunca cederam lugar à completa realidade (não que ceda à alguém, é que os sinto vivos). Nesta mesma janela eles vem e vão, realizar-se? Raramente... Evaporam, viajam apenas, enfraquecem, encantam ou desiludem-me. Eu lembro de sonhos despreocupados, de sonhos impossíveis, sonhos simples, de criança. Não quero voltar, não devo querer. Havia coisas ruins demais naquele tempo, pesadelos, noites sem dormir, choro gritado, brincos de guizo à assustar-me ainda mais, a pregar-me ainda mais medo com suspense que largavam pela casa... Havia muito medo. Curei-me, não só, mas... Sempre suportamos o que julgava-mos não suportar, nos obrigamos. As cobertas eram como o escudo, queria minha mãe dos dois lados da cama. Talvez faltasse o pai. Queria que os vidros tão fortes da janela também barrassem os fantasmas das histórias da escola. Queria dormir e não acordar durante a noite, sonhar com supermercados e brinquedos, com o mar que não dava medo, com as férias de verão. Queria que o tal escudo não aquecesse tanto, nem sufocasse, queria importância, eu as tive com o tempo. Substitui os problemas, hoje aqueles são simples, ridículos... Ainda olho os desenhos que se formam no bolor das paredes e nos nós da madeira do forro sem coragem ou disposição de reproduzí-los. Hoje são anjos, borboletas, figuras comicas, corações, antes eram monstros, minhocas, comida e corações.
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