sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Há poucos dias

Eu não cuido de mim. Não acho certo. Não me preservo das coisas pesadas, daquilo que pode ser indigesto ainda que sem gosto. Não cuido de quem gosto. Deixo sós. Perdidos. Falo grosserias. Não preciso de ninguém nem me orgulho de precisar. Sou esnobe.
A mesma chuva que me regava os sentidos doce e animadora me congela o coração, ainda com tristeza, ainda sem sentido algum.
Esse gosto amargo na minha boca, esse hino de lágrimas e dores, de amores que compõe cem por cento das canções e que me dizem nada! Não comevem, não emocionam, me alegram? Essas minhas palavras antigas e melosas que me repunam, eu enjoo de mim!!!!!!!!!! Essa luz... Espera! Eu sorrio sem porquê, eu tenho certeza de que vai passar, essa febre, essa dor, essa resistência, essa bendita doença que vem sussurrar, insistir, berrar! Ela vai me deixar uma hora, parece bem resistente aos melhores remédios, ela vai parar de se alimentar assim que a semana acabar, ela vai sem deixar nada pra eu lembrar, não vou levantar, vou nascer!

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