quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Carta

Nem é necessário falar, não é preciso pedir nem pagar que ela nos enche os olhos, a alma, o coração.
A natureza é mais que matéria, que imaginação. Ela me satisfaz, me preenche e me faz maior, tão maior como extensão dela, como parte viva filha de um sol que se despede em grande estilo toda a tarde. Parte das milhares de árvores e correntesas que compõe o morro, do mar que o abraça, o desenha. Mar que me cativa e invade, que tem de mim coração e corpo eternamente curvados. Esse mar que conforta e toca a alma quando envia a brisa de indescritível sensação...
E minha vontade única é de ficar, instalar todo o sonho por aqui. Afogar o que há de medo e incerteza. É como poder dormir ao sol sem hora pra acordar com o corpo salgado confundido na areia. É sentir que meu temor é pequeno e frágil como seu farelo e minha verdade grande, meu sentido infindo como o céu.
É esse mar que me dá a certeza de um presente vivo e um futuro de iguais proporções.
Zeradas preocupações.

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