quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Que o meio me manipule


Eu sei de muito pouco. Eu sei que os melhores momentos são eternos na memória. Os piores são. A diferença é que tento esquecer os melhores por serem tão piores agora. É extremamente justo que nada volte.
Pensei que fossem 2:00h, por medo que fossem. Quis que fossem 6:00h, no mínimo, já que era escuro ainda do lado de cá da cortina. São 6:30h e eu não sei o que fazer com a hora. Eu apenas quis que amanhecesse logo pra que eu levantasse, já que a cama esta me expulsando, derrubando, encolhendo.  Já que ela enjoou de mim tão cedo!
Eu vou parar de escrever quando tudo for resposta e o sentido das coisas não me despertar vontade de compartilhar com as folhas essa emoção.
O céu está lilás, eu não gosto de lilás, mas... Lá fora tudo fica tão bonito! Quem sabe em algum lugar mágico, agora, perto do céu, alguém esteja esperando que o sol suba e as lágrimas rolem morro abaixo, alegres, leves, brotando dos olhos espertos que colhem toda a paisagem e guardam a imagem do perfume da terra... Enchendo o espírito com a canção angelical dos pássaros, enchendo a alma do amor que vem de algum lugar preso no universo, um lugar que deixa vazar como os raios claros do sol...
Eu imaginei um canto, pequeno que fosse, um lado da nuvem que acolhe o sol cansado do entardecer, uma luz rosada, um macio inigualável, uma brisa nova, pura! Nascida ali do vão entre as estrelas do dia, sem nunca ter passado por outros lugares, sem nunca ter ouvido os pensamentos  absurdamente manipuladores desse mundo...  Ilimitado, cobiçado, indescritível [o lugar.
Eu vou pegar uma estrada longa, com paisagens novas que me arrastem pro mar, ouvir as melhores músicas no volume mais alto sem receio de cantar. 'Entender o vento'.
O que acontece é o que há de acontecer, pra que tanto cuidado? Pra que existe o medo?
Um dia tive razão, há muito tempo, e preferi ouvir os impulsos do coração. Eu ainda não sei entender meu coração. Eu sei que é ele que sente a calma da chuva, ele que sopra nos meus ouvidos a esperança de coisas bonitas que estão por vir... 
É de dentro pra fora, vem da mesma estrada que leva pra alma. É a soma do silêncio aproximado de 6.480 madrugadas.

Data original: 09 de fevereiro de 2011 - 6:30h

Nenhum comentário:

Postar um comentário