quarta-feira, 20 de junho de 2012

A gente esquece do tempo e das coisas bem ditas

Não sei se era sonho ou canção. Se era uma data ou mudança de planos. Teu perfume ou o gosto de café no teu hálito. Era noite alta e toda a massa em volta era envergonhada, desprovida de rostos. Talvez o frio as cobrisse como cobriu minha memória segundos depois. Todos os segundos desses últimos milênios  foram contados? Não foi suficiente que eu lembrasse relatar, seria que eu lembrasse o relato.
Esperam respostas que não tenho. Não quero discutir o quanto preciso .
Se já faz parte do meu dia o nome, porque aparecem coisas tolas fugindo da boca muda?
Se há o que conforta a alma, toma-o. Toma essa noite uma palavra minha e dorme em paz. Toma meus medos, minha responsabilidade e minha decisão como que não fossem tuas e entenda-te satisfeito, coração.

(08/05/2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário