quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Na falta do que fazer, inventei a minha liberdade!! [Humberto Gessinger]

'Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão, um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção' [Humberto Gessinger]
A decepção é um fruto que nem sempre se planta mas que se colhe amargo por demais. Eu busquei conhecer, entender... Até que me abri, me doei por inteiro. De novo, outra vez. Eu que sou assim dramática. Eu que sinto não menos que você. Eu que erro tanto e que ainda busco me desculpar com desculpas. Não tenho mais ânimo de ouvir justificativas. Meu estômago já não digere mentira tão pouco gritaria. Eu que te aceitei sincera, te aceitei amiga, te aceitei vulneravelmente sozinha. Entrei no barco, fiz propaganda, tomei as causas. Ah eu cai e foi tão bem feito pra mim!
'O certo é que eu dancei sem querer dançar' [Humberto Gessinger]
Então continue assim a se elevar com lama. A se favorecer com as vítimas caluniadas. 
De coração, um coração que se despede mas que ainda guarda algum pedaço de falsas boas lembranças, eu não cultivo raiva alguma. Nem sei se é tristeza o que me aperta ainda o peito. É uma saudade besta do que não existiu.
'Eu que falei nem pensar agora me arrependo roendo as unhas, frágeis testemunhas de um crime sem perdão' [Humberto Gessinger]
Não é decisão. É sentimento. Talvez um dia mude, talvez um dia eu me arrependa, mas hoje eu não consigo, não suporto. Não me desce mais. Entenda. Você consegue entender? Você consegue dar lugar ao sentir sem ser manipulada pelas regras sujas que mantém a tua imagem?
Não. Eu não me sinto bem em te julgar, é esperança boba de que algo importante acorde em você.
Eu nunca quis nem tentei te mudar. Você é a única prova. De todas nossas idéias opostas, de todos nossos conflitos morais conciliavam-se ainda o respeito mútuo, a confiança, a sinceridade, a compreenção. Mas essa tua proteção enganosa de si, esse teu elevar-se comum a qualquer um que não fosse o você que você mostrava, te jogou pra longe, pra bem longe daqueles que você dizia amar. As desculpas não colam mais. Encaixam as peças suficientes desse teu jogo falho. Apele aos que ainda acreditam como é de costume teu! Se é que te acrescenta tanto assim tentar diminuir os que te apoiaram. Eu deixo que eles sozinhos tirem suas conclusões. Eu não saboto.
Eu coloco uma pedra. Não pra voltar e finjir que acredito em você. Sim pra enterrar os teus segredos que eu nem sei se são reais. As tuas mágoas e teus desabafos inventados nos quais você mesma pisa e deixa nus à todos aqueles que vão ainda te deixar ao perceberem. Insista e você vai acreditar. Insista e você será grande pra você, pra você apenas enquanto se afunda no próprio jogo.
'Quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade? Na falta de algo melhor nunca me faltou coragem' [Humberto Gessinger]
Agora corra e conte o que eu te confiei! Corra e conte mas não aumente minha querida! Não aumente e veja se alguém terá do que reclamar! Se alguém foi caluniado, se alguém foi denegrido pela minha boca! Se eu disse algo de alguém que esse alguém já não soubesse por mim! Sabe porque eu não pude? Você sabe? É porque ME DÓI! É por que é à MINHA alma que a idéia de tal sujeira machuca!
Você não sabe. Me dói ainda te ver assim. Eu te amei.

Um comentário:

  1. Quando não tenho nada para fazer, costumo ler posts em diversos blogs. Uma vez li esse post, e considerei-o um dos melhores que li. Infelizmente, por medo ou falta de coragem, não cheguei a comentar. Hoje volto a esse blog, para te parabenizar. Ótimo texto, com uma carga emocional gigante e o mais bonito de tudo, vem do coração.

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